
Química do Peido
Os gases estomacais têm várias origens. Podem ser provenientes de ar engolido, de reações químicas no aparelho digestivo, produzido por bactérias ou oriundo da corrente sanguínea.
A composição do peido é bastante variada. A reação entre o ácido produzido no estômago e os fluidos do intestino pode produzir dióxido de carbono (CO2), que também é um componente do ar (atmosférico) e/ou resultante da ação das bactérias. As bactérias também podem produzir hidrogênio e metano.

A proporção da composição dos gases intestinais pode depender de vários fatores, tais como: o que comemos, quanto ar é engolido, os tipos de bactérias que estão no aparelho digestivo e quanto tempo o gás permanece preso.
Quanto mais o gás permanece preso, maior é a proporção de nitrogênio em sua composição, pois os outros gases podem ser absorvidos pela corrente sanguínea. Todo o metano produzido é de origem bacteriana e não tem origem das células humanas.
O fedor do peido tem origem na presença de gás sulfídrico (H2S), metanotiol (H3C-SH), dimetil sulfeto (H3C-S-CH3) e mercaptanas na mistura. Estes compostos contêm enxofre em sua composição. A proporção dos compostos fedorentos representa algo como 1% do total. Compostos ricos em nitrogênio, tais como escatol (3-metil indol) e indol também contribuem para o mau cheiro.
Quanto mais a dieta for rica em alimentos ricos em enxofre, maiores os problemas. Por exemplo: couve-flor, ovos e carne. Também pode existir um fator genético que predispõe um indivíduo a ter mais problemas com gases. Em um adulto a produção de gases intestinais varia de 200 a 2000 mL diários. A quantidade de hidrogênio e metano na composição total pode tornar os gases inflamáveis.
Uma observação importante é que o metano, hidrogênio, gás carbônico e nitrogênio não possuem odor.